Aprendendo mais...

Foi necessária a criação de um novo blog sobre a "Evolução histórico - urbana de Minas Gerais", já que não foi possível uma explicação ampla sobre os fatores decisivos para o processo no blog sobre o "Projeto Ferraço". Através das informações aqui contidas, será fácil o entendimento sobre a trajetória histórica de Minas Gerais, através de resquícios de um passado tão rico e deteminante para os dias atuais.

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domingo, 9 de novembro de 2008

Evoluções e Revoluções em Minas Gerais


->Antes de se chamar Minas Gerais, o estado teve outros nomes como:Campos de Cataguá na época das entradas e bandeiras, Capitanias de Minas Gerais, Província de Minas Gerais e outros. O desbravamento da região teve início no século XVI, por bandeirantes paulistas que buscavam ouro e pedras preciosas no território da Capitania do Espírito Santo. Em 1693, as primeiras descobertas importantes de ouro provocaram um grande afluxo migratório à região. Em 1696 foi fundado o arraial de Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, o qual, em 1711, se tornou a primeira vila de Minas Gerais, núcleo original do atual município de Mariana.
->A descoberta das minas e a exploração do ouro desencadearam alguns conflitos, sendo os mais importantes a Guerra dos Emboabas e a Revolta de Felipe dos Santos, os quais serão explicados em outros tópicos.
Na primeira metade do século XVIII, Minas Gerais tornou-se o centro econômico da colônia, com rápido povoamento. Em 1709, foi criada a Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, desmembrada da Capitania do Espírito Santo. Em 1720, a Capitania de Minas Gerais foi separada da Capitania de São Paulo, tendo como capital Vila Rica (atual Ouro Preto), como resultado da épica aventura da colonização do interior brasileiro, que ocorreu no final do século XVII. Em 1698, saindo de Taubaté, São Paulo, a bandeira chefiada por Antônio Dias. Ali teria o início do povoamento intenso do Vale do Tripui que, trinta anos depois, já possuía perto de 40 mil pessoas em mineração desordenada e sob a louca corrida pelo ouro de aluvião,Vila Rica cresce, mas cria uma civilização ímpar, com esplendor nas artes, nas letras e na política. Além de Vila Rica existiam outras cidades, Mariana, Caeté, São João del-Rei, Catas Altas, Pitangui, Sabará, Serro, Tiradentes, Diamantina.. No entanto, a produção aurífera começou a cair por volta de 1750, o que levou Portugal a buscar meios para aumentar a arrecadação de impostos, provocando a revolta popular e o esvaziamento das vilas mineradoras, com o deslocamento das famílias e seus escravos para outras regiões, o que expandiu as fronteiras da capitania antes restritas à região das minas, que culminou na Inconfidência Mineira, em 1789. Mas a frente na Independência, Vila rica, recebe o nome de Ouro Preto e torna-se a capital de Minas até 1897.
->No fim do século XVIII, começou a ocupação das atuais regiões da Zona da Mata, Norte de Minas e Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. A expansão dos limites de Minas Gerais continuou ao longo do século XIX: em 1800 definiu-se como divisa com o Espírito Santo a Serra dos Aimorés.
->O surgimento e apogeu da arte colonial em Minas Gerais - barroco mineiro - é um fenômeno inteiramente ligado à exploração do ouro, acontecido no século XVIII, que veio criar uma cultura dotada de características peculiares e uma singular visão do mundo. A medida que se expandia a atividade mineradora, o barroco explodia na riqueza de suas formas, na pompa e no fausto de suas solenidades religiosas e festas públicas, vindo marcar, de maneira definitiva, a sociedade que se constituiu na região.
->A estagnação econômica da província, bem como de toda a colônia, continuava e somente foi rompida com o surgimento de uma nova e dinâmica atividade exportadora, o café. A introdução da cafeicultura em Minas Gerais ocorreu no início do século XIX. Localizou-se, inicialmente, na Zona da Mata, onde se difundiu rapidamente para as regiões vizinhas, transformando-se na principal atividade da província e agente indutor do povoamento e do desenvolvimento da infra-estrutura de transportes. A prosperidade trazida pelo café ensejou um primeiro surto de industrialização, reforçado, mais tarde, pela política protecionista implementada pelo Governo Federal após a Proclamação da República.
->O predomínio da cafeicultura só vai se alterar, gradualmente, no período de 1930 à 1950, com a afirmação da natural tendência do Estado para a produção siderúrgica e com o crescente aproveitamento dos recursos minerais em Minas Gerais. Ainda na década de 50, no processo de substituição de importações, a indústria ampliou consideravelmente sua participação na economia brasileira. Na década de 60, a ação do Governo cumpriu papel decisivo no processo de industrialização, ao estabelecer o aparato institucional requerido para desencadear e sustentar o esforço de modernização da estrutura fabril mineira.
A eficiente e ágil ofensiva de atração de investimentos, iniciada no final da década de 60, encontrou grande ressonância junto a investidores nacionais e estrangeiros. Já no início da década de 70, o Estado experimentou uma grande arrancada industrial, com a implantação de inúmeros projetos de largo alcance sócio-econômico. O parque industrial mineiro destacou-se nos setores metal-mecânico, elétrico e de material de transportes.
Na indústria extrativa mineral, a supremacia mineira durou até 1980, quando o País passou a explorar, entre outras, as jazidas do complexo Carajás. Entretanto, até os dias de hoje, Minas Gerais ocupa posição de destaque quando relacionada ao uso de recursos minerais para o abastecimento dos setores siderúrgicos, e também como exemplo de industrialização apesar de fatores históricos não favoráveis.

1 comentários:

Anônimo disse...

Adorei a explicação! Dinâmica e nem um pouco cansativa. Parabéns!